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Ação do IAC-CE comemora 18 anos da Lei Maria da Penha com visita guiada à Casa da Mulher Brasileira

Iniciativa destaca a importância da proteção às mulheres idosas e a conscientização sobre a violência de gênero

O Brasil enfrenta uma preocupante crise de violência contra mulheres idosas, especialmente aquelas com mais de 60 anos. De acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Disque 100 recebeu 47 mil denúncias de violência contra idosos no primeiro semestre de 2023, totalizando 282 mil violações, muitas delas envolvendo mulheres. Esses abusos variam de violência física e psicológica a negligência e abandono, sublinhando a gravidade da situação que afeta essa população.

Em resposta a essa realidade e para celebrar os 18 anos da Lei Maria da Penha, o Instituto de Arte e Cidadania do Ceará (IAC-CE) realizou, em 23 de agosto, uma ação especial com as participantes dos projetos Envelhe Ser Ativo, Vozes do Amanhecer e Viva+Periferia. A iniciativa incluiu uma visita guiada à Casa da Mulher Brasileira do Ceará, integrando a programação do “Agosto Lilás”, mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher. O objetivo foi proporcionar às idosas um momento de reflexão e fortalecimento de seus direitos.

A psicóloga Ingrid Massuco, supervisora dos projetos para pessoas idosas, enfatizou a importância de conscientizar e garantir o acesso a recursos locais para mulheres idosas que vivenciam situações de violência. Segundo ela, a visita à Casa da Mulher Brasileira foi concebida para orientar essas mulheres de forma prática, apresentando-lhes um local em sua própria cidade que acolhe denúncias e oferece assistência especializada. A iniciativa não apenas informa, mas também capacita essas mulheres a reconhecerem seus direitos e a buscarem ajuda em casos de violência.

No Brasil, as mulheres idosas enfrentam uma dupla vulnerabilidade: a violência de gênero e o preconceito etário. Essas formas de violência se manifestam de diversas maneiras, incluindo agressões físicas, psicológicas, financeiras, negligência e até abuso sexual. Muitas dessas mulheres dependem financeira ou emocionalmente de seus agressores, frequentemente familiares ou cuidadores, o que torna a denúncia e a ruptura do ciclo de violência ainda mais desafiadoras.

Ingrid Massuco destacou também o papel da cultura na perpetuação dessa violência: “Essa geração foi, em muitos casos, condicionada a normalizar as violências cometidas por seus companheiros. Por anos, aprenderam a aceitar essas situações como parte da vida, o que torna o enfrentamento ainda mais difícil. Nossa missão é desconstruir essa cultura de aceitação e resignação, promovendo uma conscientização ativa sobre a necessidade de denúncia. É vital que essas mulheres saibam que há órgãos públicos prontos para receber suas denúncias, tomar as providências necessárias e, acima de tudo, protegê-las. Estamos aqui para garantir que elas não estão sozinhas e que a violência, em qualquer forma, não deve ser tolerada.”

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em seu relatório anual de 2023, revelou um aumento significativo nos casos de violência contra mulheres idosas no país. Em 2022, foram registrados cerca de 43 mil casos de violência contra mulheres com 60 anos ou mais, representando um aumento de 12% em relação ao ano anterior. Esses dados indicam que, apesar da crescente conscientização, a violência persiste e, em muitos casos, se intensifica.

Dados Regionais: Nordeste

O Nordeste do Brasil, uma região marcada por profundas desigualdades socioeconômicas e culturais, apresenta números alarmantes. Nessa região, a violência contra a mulher idosa é exacerbada por fatores como pobreza, machismo estrutural e a falta de políticas públicas eficazes. Estados como Bahia, Pernambuco e Ceará estão entre os que mais registram casos de violência contra idosas.

Em 2022, a Bahia registrou cerca de 6.500 casos de violência contra idosas, enquanto Pernambuco e Ceará reportaram aproximadamente 5.200 e 4.800 casos, respectivamente. Esses números representam uma parte significativa do total nacional, destacando a necessidade de uma abordagem urgente e específica para essa região.

A violência contra mulheres idosas no Brasil reflete uma sociedade que desvaloriza tanto o envelhecimento quanto o feminino. Essas mulheres são frequentemente invisibilizadas nas políticas públicas e na mídia, e suas vozes são muitas vezes ignoradas nos espaços de decisão. Essa marginalização contribui para a perpetuação da violência, uma vez que a sociedade não reconhece ou não responde adequadamente às necessidades e aos direitos dessas mulheres.

Além disso, a estrutura familiar tradicional, ainda predominante em muitas partes do Brasil, pode contribuir para a naturalização do abuso. A dependência econômica, combinada com a expectativa de que as mulheres devem servir como cuidadoras até o fim de suas vidas, muitas vezes sem reciprocidade, coloca as idosas em uma situação de extrema vulnerabilidade.

O Instituto de Arte e Cidadania defende que, para enfrentar essa realidade, é crucial promover uma mudança cultural que valorize o envelhecimento e reconheça a dignidade e os direitos das mulheres idosas. É essencial que as políticas públicas sejam desenhadas e implementadas com foco na proteção dessas mulheres, garantindo acesso a redes de apoio, serviços de saúde especializados e mecanismos eficazes de denúncia. Somente com uma abordagem integrada e humanizada será possível reverter essa triste realidade que aflige tantas mulheres idosas no Brasil, especialmente na região Nordeste.

A visita guiada do Instituto de Arte e Cidadania do Ceará (IAC-CE) com as participantes dos projetos Envelhe Ser Ativo, Vozes do Amanhecer e Viva+Periferia à Casa da Mulher Brasileira do Ceará contou com a cobertura jornalística da equipe do Bom Dia Nordeste (TV Diário e Verdinha FM)

Para mais informações sobre projetos executados pelo IAC-CE, acompanhe o Instagram (@iac.ce) ou entre em contato através do  telefone: (85) 3235-6683

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A Importância da capacitação profissional para a inclusão LGBTQI+ no mercado de trabalho

A capacitação profissional é uma ferramenta crucial para promover a inclusão da população LGBTQI+ no mercado de trabalho. Equipar esses indivíduos com as habilidades necessárias não apenas melhora suas perspectivas de emprego, mas também fortalece sua autoconfiança e promove a inclusão social. Para muitos integrantes da comunidade LGBTQI+, enfrentar discriminação e exclusão em ambientes profissionais é uma realidade frequente, e a capacitação pode ser um ponto de inflexão, oferecendo-lhes a chance de competir em pé de igualdade no mercado de trabalho.

Organizações da Sociedade Civil (OSCs) desempenham um papel essencial nesse processo, atuando como pontes entre a comunidade LGBTQI+ e o mercado de trabalho. Elas oferecem programas de formação e capacitação adaptados às necessidades específicas dessa comunidade, criando ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos. Ao promover parcerias com empresas, essas organizações ajudam a abrir portas para estágios e oportunidades de emprego, facilitando a inclusão efetiva de pessoas LGBTQI+ no mercado de trabalho.

O Instituto de Arte e Cidadania do Ceará (IAC-CE) destaca-se como um exemplo de sucesso na capacitação profissional, consolidando-se como uma referência na formação de populações em situação de vulnerabilidade no Ceará. Seus programas oferecem cursos de curta e média duração, preparando os participantes para o mercado de trabalho e proporcionando uma perspectiva ampliada de inclusão e desenvolvimento pessoal. Além de desenvolver habilidades profissionais, esses programas incentivam a participação ativa e a inclusão social, melhorando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos atendidos.

Camila Barros, presidente do IAC-CE, ressalta que “a expertise do IAC-CE em capacitar pessoas que moram nos bairros onde atua, como na comunidade de Antônio Bezerra, é comprovada pelos resultados positivos dos nossos projetos, que promovem inclusão e diversidade no ambiente profissional.” Ela reforça que “nossos programas são desenhados para atender às necessidades específicas de cada indivíduo, garantindo que todos tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional, e estamos prontos para estender essa expertise ao público LGBTQI+.”

Clique no link a seguir e Conheça os projetos sociais de qualificação do Instituto de Arte e Cidadania do Ceará que transformam vidas.

A atuação do IAC-CE demonstra que a capacitação profissional é um meio poderoso para promover a inclusão social e econômica do público LGBTQI+ e de outras populações vulneráveis. Através da educação e da formação, o instituto busca criar um mercado de trabalho mais justo e inclusivo, onde a diversidade seja celebrada como uma força, transformando vidas e construindo um futuro melhor para todos.

Para mais informações sobre os projetos executados pelo IAC-CE, acompanhe o Instagram (@iac.ce) ou entre em contato pelo telefone: (85) 3235-6683.

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Diversidade e Inclusão: Evento do IAC-CE capacita colaboradores sobre o universo LGBTQIA+

Na sexta-feira, dia 9 de agosto de 2024, o Instituto de Arte e Cidadania do Ceará (IAC-CE) promoveu um evento interno voltado para a diversidade e inclusão, com o objetivo de capacitar seus colaboradores sobre o universo LGBTQIA+. O evento contou com a participação de figuras renomadas na luta pelos direitos LGBTQIA+, como Silvinha Cavalleire, presidenta nacional da União Nacional LGBT (UNALGBT) e vice-presidente da Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Ceará (ATRATC), Paula Costa, presidenta da ATRAC, e Cristina Veras, uma mulher cis, bissexual e mãe de uma adolescente trans.

O encontro, conduzido de forma esclarecedora por Silvinha Cavalleire, abordou as principais terminologias do universo LGBTQIA+, oferecendo aos colaboradores do IAC-CE uma compreensão aprofundada dos termos essenciais e da importância de seu uso correto. Termos como cisgênero, que se refere a pessoas cuja identidade de gênero corresponde ao sexo atribuído no nascimento, e transgênero, que designa aquelas cuja identidade de gênero é diferente do sexo atribuído, foram detalhados. Além disso, foram discutidos os significados de bissexual (atração por mais de um gênero), assexual (pouca ou nenhuma atração sexual), e intersexo (pessoas com características sexuais que não se encaixam nas definições típicas de masculino ou feminino). Para a assistente social, Rute Queiroz: “A palestra que tivemos sobre diversidade e inclusão nos auxiliou diretamente na qualidade das ações desenvolvidas no IAC-CE. Por meio desses diálogos participativos, como este que tivemos sexta-feira, conseguimos compreender melhor e nos estruturar para ter uma oferta de um ambiente mais inclusivo e respeitador,” concluiu.

Reconhecimento e Respeito

O foco principal do evento foi promover o reconhecimento e, especialmente, o respeito dentro do meio corporativo e na sociedade em geral. Silvinha Cavalleire enfatizou que o respeito às diferenças e a inclusão de todas as identidades de gênero e orientações sexuais são fundamentais para um ambiente de trabalho saudável e produtivo. A inclusão não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma estratégia para enriquecer a diversidade de ideias e experiências dentro das organizações.

Para organizações não governamentais, como o IAC-CE, entender e adotar práticas inclusivas em relação à comunidade LGBTQIA+ é essencial. Essas práticas não só promovem um ambiente mais acolhedor, mas também fortalecem a missão das Organizações da Sociedade Civil (OSC) de atuar como agentes de mudança social. Ao liderar por exemplo, as OSCs podem inspirar outras instituições a adotarem políticas similares, contribuindo para um impacto positivo em toda a sociedade.

Política e Direitos LGBTQIA+

A promoção do evento pelo o IAC-CE reforçou sua defesa pela necessidade de mais políticas públicas que apoiem a comunidade LGBTQIA+. A ausência de políticas eficazes é uma das principais barreiras enfrentadas por essa comunidade, tornando-se imperativo que as instituições promovam ativamente mudanças legislativas e sociais. Silvinha Cavalleire destacou que o engajamento em discussões políticas é crucial para garantir que os direitos LGBTQIA+ sejam reconhecidos e protegidos.

Projeto Mulheres que Empoderam

Além desse encontro, Silvinha Cavalleire esteve anteriormente na nova sede do IAC-CE, para estrear o “Projeto Mulheres que Empoderam”. Este projeto, que se apresenta em uma série de vídeos, visa destacar a força e a influência de mulheres que estão à frente de projetos e ocupam posições de poder público. O objetivo é mostrar como essas mulheres estão fazendo a diferença nas políticas públicas e inspirar todas as gerações, demonstrando que a política está cada vez mais sendo liderada por mulheres que lutam por mudanças sociais significativas.

Esse convite, por sua vez, afirma a compreensão do IAC-CE sobre a pluralidade de ser mulher, pois em um mundo que se transforma rapidamente, a compreensão sobre o que significa ser mulher também evolui. Ser mulher não é um conceito monolítico; ao contrário, é uma tapeçaria rica e diversificada que abrange uma variedade de identidades, experiências e expressões. E vai além do gênero atribuído ao nascimento e pode incluir mulheres cisgênero, transgênero, e genderqueer, entre outras identidades. Cada uma dessas experiências é válida e merece reconhecimento e respeito.

O evento do IAC-CE foi um marco importante na promoção da diversidade e inclusão, reafirmando seu compromisso com a causa LGBTQIA+ e a necessidade de políticas públicas que garantam direitos iguais para todos. Com iniciativas como o “Projeto Mulheres que Empoderam”, a instituição continua a inspirar e liderar pelo exemplo, promovendo um futuro mais inclusivo e igualitário.

Para finalizar,  Camila Barros, atual presidente do IAC-CE, expressa sua gratidão às palestrantes convidadas e aos colaboradores que participaram, destacando a importância do envolvimento de todos na jornada de aprendizado sobre diversidade e inclusão: “Agradecemos profundamente a Silvinha Cavalleire, Paula Costa e Cristina Veras por compartilharem suas experiências e conhecimentos, enriquecendo nosso entendimento. Aos nossos funcionários, nosso reconhecimento por se engajarem nesse processo essencial. O IAC-CE está comprometido em mitigar o preconceito e promover um ambiente inclusivo, e isso só é possível com a participação de todos,” afirmou, reafirmando o compromisso da instituição com a diversidade e o respeito.

Para mais informações sobre projetos executados pelo IAC-CE, acompanhe o Instagram (@iac.ce) ou entre em contato através do  telefone: (85) 3235-6683